25/06/2009
Novidades do JavaOne com Alberto Lemos (Spock)
1. Como foi o JavaOne 2009 ?
Como diria o velho mister Spock: "Fascinating!". Foi incrível participar deste
mega evento lá nos USA. Pude ver os gurus do Java, aqueles que só conhecemos
como autores de livros e de APIs do Java. Pude notar que são pessoas tão
normais e mortais como nós, além de estarem numa faixa etária um pouco
além da maioria dos nossos desenvolvedores. Todos estavam sempre dispostos a
promover networking e responder as nossas questões sobre a tecnologia Java.
Contudo, fantástico mesmo foi participar da entrevista com o Rod Johnson (o
criador do Spring Framework). As considerações dele sobre o Java EE e o
Spring foram legais. Breve veremos novamente as opiniões dele na Java Magazine.
2. Quais foram os assuntos mais falados no evento ?
Não vi algum anúncio de novidade bombástica da tecnologia Java neste JavaOne.
Contudo, a palavra chave foi "Cloud Computing" com muitas palestras suportando
este tema, tanto no JavaOne quanto no CommunityOne (versão gratuita do JavaOne
realizado no primeiro dia). Também notei que o JavaFX foi bastante reforçado
pela Sun através de diversas palestras e demonstrações nas "general sessions".
Os mesmos assuntos relacionados a Java EE 6 foram discutidos, como EJB 3.1,
JSF 2.0, Servlets 3, JPA 2 e muitos comentários sobre modularização e OSGi.
Mas, a palestra sobre Spring 3.0 lotou e bombou, resultando logo em seguida no
comentário do Rod Johnson no seu twitter
(http://bit.ly/BYY6P):
" (...) Pity so many people who wanted to attend couldn't get in".
A novidade veio mesmo do conhecimento sobre o chamado Spring
Roo (http://bit.ly/2XlZXF)
que permite a geração de código para aplicações
baseadas em Spring a partir de templates. Esta ferramenta poderá se tornar um
grande concorrente ou parceiro do SuperCRUD, quem sabe?!
3. Sobre o que foi a apresentação de vocês ?
O objetivo da nossa apresentação foi mostrar e consolidar os resultados dos
nossos projetos de Trainamentoring
(http://bit.ly/XCL6W)
realizados no ano de 2008 e 2009 na Globalcode. Ou
seja, apresentamos o resultado da nossa experiência na modelagem de
arquiteturas de aplicações baseadas em Java com Java EE e frameworks.
Com isso comentamos os requisitos não-funcionais normalmente importantes
para um projeto e para empresas do nosso mercado. Tratamos de como as
arquiteturas aplicadas por nós nos projetos puderam ajudar a endereçar estes
requisitos. Cada arquitetura foi caracterizada com as suas vantagens,
desvantagens e cenários recomendados para uso. Finalizamos esta apresentação
com a demonstração do
SuperCRUD como uma ferramenta "open source" que permite trabalhar com
templates de código e todas as arquiteturas apresentadas para gerar uma
aplicação CRUD numa velocidade quase superluminal.
4. Como vocês se prepararam para a apresentação ?
Esta preparação foi um trabalho árduo. Tudo começou quando recebemos a
notícia da aprovação do trabalho no evento. Comecei revisando o inglês
com um professor particular e aula diária de 1 hora. Preparamos os slides e
o professor ajudou a revisar e preparar a fala em inglês. Criamos várias
versões dos slides, fizemos vários códigos e demos nas várias arquiteturas
e no SuperCRUD. Além de tudo isso, enquanto estávamos nos USA e até mesmo
durante o evento, fizemos vários ensaios (alguns desses ensaios foram no
Yerba Buena Garden
(http://bit.ly/2XlZXF),
junto ao Moscone Center). Não posso deixar de citar
que vários colegas e amigos americanos nos ajudaram a fazer uma revisão
técnica e do texto em inglês dos slides. Agradecimentos especiais para o Joe
Coha, Reza Rahman, Ed Burns e Felipe Leme. Também participamos do chamado
"speaker coaching" promovido pela organização do evento. Um profissional em
apresentações em público foi disponibilizado para os palestrantes fazer uma
prévia da apresentação e corrigir detalhes de pronúncia em inglês, vícios
corporais e movimentação, slides, etc.
5. Como foi o coaching ?
Para mim o "speaker coaching" foi muito bom. Saí de lá muito mais tranquilo
para apresentar. O orientador deu várias dicas e nos falou que o inglês
estava bom e o nosso comportamento em palco estava muito bom. Isso nos
tranquilizou bastante. O curioso deste 'coaching' é que foi gravado pelo
orientador e depois repassado num telão da sala onde nós pudemos nos
observar e ouvir as orientações.
6. Qual feedback vocês tiveram depois da apresentação ?
Os feedbacks foram muito positivos. Tivemos várias perguntas ao final.
Muitos desenvolvedores interessados nos nossos resultados (consolidados num
slide final e comparativo das arquiteturas), além do interesse especial pelo
SuperCRUD. O retorno foi tão imediato que a nossa palestra e o SuperCRUD
foram comentados em blogs. Isto resultou num crescimento imediato do número
de inscritos na comunidade do
SuperCRUD.
7. Qual foi a melhor coisa do JavaOne 2009 ?
Na verdade duas coisas foram as melhores no JavaOne. A primeira foi a
oportunidade de networking com vários desenvolvedores da tecnologia Java
que atuam nos diversos cantos do mundo. A segunda foi a possibilidade de me
atualizar com as informações mais recentes e com os profissionais
responsáveis por criar e desenvolver as tecnologias Java. Mas, o melhor de
tudo foi ter participado de uma feira de nerds e geeks chamada de
"Maker Faire"
que aconteceu em San Mateo/CA no final de semana
antes do JavaOne. Infelizmente não tem nada a ver com o JavaOne nem com o Java.
Então não considero exatamente uma resposta para essa pergunta. Mas eu não
poderia deixar de citar e finalizar dizendo: Fascinating!